A análise preliminar a um inquérito realizado de junho, demostra que a maioria dos proprietários de Alojamento Local recusa alterar as suas unidades de AL para o mercado de longa duração.
Segundo este estudo, desenvolvido na Nova SBE, que validou 1.820 respostas de proprietários e gestores de unidades de alojamento, os proprietários preferem utilizar essas casas para férias ou mesmo vendê-las.
Assim, a generalidade dos inquiridos mostra-se pouco recetivo às medidas do Governo.
Assim, consideram o pacote Mais Habitação como um entrave a novos investimentos, podendo mesmo existir necessidade de reduzir custos ou encerrar atividade.
Além disso, o relatório refere que mais de metade dos proprietários (51%) tem apenas um AL e apenas 9% exploram mais de cinco AL, sendo que 76% dos casos a gestão do AL é feita pelo próprio.
Por outro lado, o estudo refere que 62% dos proprietários investiram na reabilitação do imóvel, sendo que destes, 22% da edigficação estava em mau estado, necessitando de um investimento alto e os outros 22% estavam devolutos.
Ao contrário, 9% correspondiam a imóveis novos.
Ainda assim, 36% dos inquiridos contraíram empréstimos para a aquisição ou reabilitação dos imóveis.
Em relação à concentração empreendimentos por região, verifica-se que Lisboa representa 17% da distribuição de AL e o Porto 7%, sendo que os restantes 76% estão distribuídos pelos outros municípios.
Noutro sentido, os dados preliminares do estudo “Avaliação de Impacto do Alojamento Local em Portugal”, apresentados em maio, revelam que as dormidas em AL representando cerca de 40% do total de dormidas em Portugal em 2019.
Recordamos que o programa Mais Habitação inclui medidas como o arrendamento forçado de casas devolutas, a suspensão de novas licenças de alojamento local ou o fim dos vistos gold que pode recordar no nosso article